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A Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver é um movimento construído por mulheres negras de todo o Brasil, de diferentes gerações, territórios e contextos sociais.

Comitê Quilombola

Comitê Quilombola da Marcha das Mulheres Negras: território, ancestralidade e reparação

A luta das mulheres quilombolas é parte central da construção da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver. Para fortalecer essa participação e garantir que as vozes das comunidades estejam no centro do processo, foi criado o Comitê Quilombola da Marcha, formado por mulheres de diferentes territórios e regiões do país.

O Comitê é um espaço autônomo de articulação, escuta e incidência política. A principal missão desta articulação é garantir que a realidade e as pautas das mulheres quilombolas sejam plenamente integradas à Marcha, com protagonismo e visibilidade. A regularização dos territórios quilombolas, por exemplo, é uma das reivindicações mais urgentes. O direito à terra é base para a existência e para o bem viver das mulheres negras quilombolas.

Como surge o Comitê Quilombola?

O lançamento do Comitê aconteceu em março deste ano, em Brasília (DF), com a presença de representantes da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Na ocasião, as principais reivindicações do movimento quilombola foram apresentadas às ministras Cida Gonçalves (Ministério das Mulheres) e Macaé Evaristo (Ministério dos Direitos Humanos). Entre as pautas centrais, destacam-se a titulação dos territórios, a saúde integral quilombola, a educação escolar quilombola, e a proteção das defensoras de direitos humanos.

A memória de Mãe Bernadete Pacífico, liderança quilombola brutalmente assassinada em 2023, nos guia como símbolo de coragem e resistência. Sua luta permanece como farol para as mulheres negras que defendem a vida e o território. É também por ela que marchamos!

Por que um Comitê específico para mulheres quilombolas?

O Comitê nasce do reconhecimento da importância da organização política quilombola dentro da Marcha e da necessidade de fortalecer suas pautas junto ao Estado e à sociedade. Ele atua para garantir segurança, dignidade e visibilidade às mulheres negras que vivem e constroem a resistência nos quilombos do Brasil.

Quem pode participar?

Todas as mulheres quilombolas que estejam organizadas em seus territórios ou em coletivos, associações e redes que atuam na defesa dos direitos das comunidades negras rurais. O Comitê é um espaço aberto e coletivo, que fortalece a presença política quilombola na Marcha e constrói caminhos de mobilização e incidência.

Por quais pautas marchamos?

O Comitê Quilombola da Marcha caminha com firmeza por:

  • Titulação dos territórios e regularização fundiária;
  • Acesso à água, luz, saneamento e condições de permanência no território;
  • Valorização dos saberes tradicionais e da agricultura quilombola;
  • Implementação plena do Plano Nacional de Saúde da População Quilombola;
  • Educação quilombola de qualidade, com escolas nos territórios;
  • Justiça climática e combate ao racismo ambiental;
  • Geração de renda, autonomia econômica e políticas específicas para mulheres quilombolas;
  • Proteção da vida e dos direitos das defensoras quilombolas.

Marchar é viver com dignidade

As mulheres quilombolas estiveram presentes na 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, em 2015, e estarão em ainda maior número em 2025. Marchar significa defender a vida, o território, a ancestralidade e o futuro de nossas populações!

Se você é mulher quilombola ou integra uma organização quilombola, junte-se ao Comitê. Entre em contato através do e-mail: mulheresquilombolasdaconaq@gmail.com

Toda mulher preta é um Quilombo. Vamos marchar juntas por Reparação e Bem Viver!

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